Não ha muito tempo assisti ao filme ‘Ela’ dirigido por Spike Jonze, um filme fantástico. Ele me fez abrir os olhos para onde a tecnologia vai nos levar, mas mais do que isto, percebi que nós já somos mais apegados ao virtual do que ao pessoal.
O filme tem o gênero fictício, mas está mais presente no nosso cotidiano do que pensamos. Um software que pede alguns dados e traça seu perfil, temos isto a todo momento em nossas vidas, a propaganda direcionada baseada em suas pesquisas é uma prova disso, mas o filme retrata sobre algo além mais complexo que é o fato de se relacionar e se apaixonar por alguém que não existe, que não faz parte de seu cotidiano, mas se pararmos para pensar mais profundamente, é exatamente este o caminho que estamos tomando, hoje as pessoas ficam cada vez menos tendo uma conversa pessoalmente e cada vez mais virtualmente, elas podem até estar no mesmo lugar e as vezes mesmo assim preferem a comunicação virtual.
Isto me fez pensar que a nossa “bolha" está cada vez mais concreta, palpável e impermeável, com o avanço tecnológico vamos nos afastando cada vez mais do real e depois de assistir esse filme me questionei se chegaremos ao ponto de estar tão cegos e tão entretidos com nosso aparelho que o outro não será mais necessário?
Porque como uma condição humana precisamos nos comunicar, temos esta necessidade. Mas será que esta nova era cibernética vai suprir esta necessidade a ponto de nos satisfazer com nós mesmos e uma maquina? A maquina vai mesmo substituir o homem por inteiro, até na sua relação mais primitiva e intensa?
Estas questões são assustadoras, eu como uma utilitária constante desta tecnologia fiquei intrigada, o filme sem dúvida se tornou uma experiência estética para que eu questione a todo momento qual a minha relação com o mundo virtual e dosar isto, para que não entre em uma bolha tamanha que me torne inacessível.
Como conclusão de tudo o que mais me impressionou foi que é obvio a pessoa se apaixonar, e que aquela ação da maquina não era única e exclusiva, como hoje acontece, na qual nós na faculdade nos damos conta de que tudo é padronizado, por mais que tenhamos a ilusão de que vivemos em um mundo de liberdade informacional. Assim como é mostrado no filme.
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