quinta-feira, 19 de março de 2015

Ballet X Dança Israeli


 Milena Farber

Todos nós passamos por experiências na vida que só vivendo, vemos a beleza dela e enxergamos a nossa personalidade. O conjunto de experiências e atitudes forma nosso caráter, quem nós somos, o que achamos.

Em 2003, um pouco antes de completar 6 anos, eu comecei a dançar. Eu nunca gostei de dança, nem de ver e nem de praticar. Segundo minha mãe eu tinha que fazer alguma atividade física, seja natação, dança ou qualquer outra. Pelo fato de ser nova e (claro) menina, as opções que eu tinha de atividade para fazer na escola era ballet ou dança israeli. Comecei com ballet, fiz alguns meses, mas não gostei. Cheguei ate a me apresentar em teatros e ate mesmo na escola. Mesmo sendo uma pessoa calma eu não tinha “vontade” de dançar Ballet.

 
 
Logo, minha última opção foi dança israeli. Comecei a participar das aulas na minha escola. O professor  Beto que além de dançarino profissional era super talentoso, já havia participado de festivais fora do pais. Durante as aulas, ele mostrava tanto para mim quanto para todas as alunas (minhas amigas) a beleza da dança. Eu realmente não sabia sequer o que era dança israeli, mesmo estudando em uma escola judaica. Desde aquele dia, em que o meu professor me mostrou que a dança fazia bem para o meu físico, ela trazia algo de bom para o psicológico  e por isso que eu digo, ela me trouxe uma experiência boa, principalmente da minha religião, judaica.
 
 
Em todas as minhas apresentações junto com as minhas amigas, nossos pais ficavam na plateia apreciando. A partir daquele momento eu percebi que eu como pessoa achei uma beleza na dança (na forma como dançava, na alegria que eu sentia, nas roupas, na técnica e no significado). A beleza surgiu quando eu comecei a aprender a dançar, mas ela só se revelou quando eu comecei a praticar porque eu passei a gostar de algo que eu não conhecia e teoricamente não gostava.
Hoje, eu infelizmente não faço nem dança israeli e nem ballet por falta de tempo. Porem, eu vejo algumas amigas minhas que continuaram dançando e se apresentando em festivais. A dança passou a ser não somente uma atividade, e sim algo que deve ser apreciado.

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