Em março de 2013 tive a oportunidade de morar 4 meses em Vancouver no Canadá. Poderia facilmente dizer que isso foi minha experiência estética, pois vivenciei incríveis momentos que marcaram de fato minha vida. Porém o percurso Brasil/Canadá foi o escolhido.
No dia em que ia embarcar estava relativamente nervoso e com um pouco de medo para ser sincero, tinha em mente que não conseguiria embarcar no aeroporto de Toronto com destino Vancouver e morreria por lá mesmo. Não sabia falar inglês, apenas o básico, então claramente estava sem confiança. Quando anunciaram meu voo foi um pouco difícil me despedir dos familiares mas não era hora para ser fraco, com o sentimento de coração partido segui em frente e procurei não pensar em nada, apenas prestar atenção no movimento. Nisso reparei que haviam pouquíssimos brasileiros no portão comigo, esperava o contrário e assim que entro no avião e acomodo na fileira do meio e fico na apreensão de quem sentaria do meu lado, de repente chega uma moça e diz algo para mim que juro que mesmo se eu fosse fluente não entenderia, eu assustado disse ´´que´´ e ainda bem que ela era brasileira, começamos a conversar bastante me deixando bem calmo.
Ao chegar no aeroporto de Toronto fiquei junto da minha nova amiga Maria Gabriela e confesso que eu que não sabia falar inglês ajudei mais ela do que ela me ajudou. Passei pela polícia federal e foi vergonhoso, não consegui entender nada, uma pena Gabriela ter ficado por Toronto pois minha era minha calma que eu estava deixando. Ao pegar minha mala me senti totalmente perdido e não sei se por isso um guarda me parou e começou a fazer diversas perguntas e pediu meu passaporte, logo ele percebeu que eu estava no país a estudo e me encaminhou para um portão de escala, não adiantou nada, o aeroporto era imenso e por volta de segundos fiquei parado sem saber o que fazer e para onde ir, tentava lembrar das pessoas que estavam comigo no avião mas muito difícil de alguém passar naquele momento, um fluxo de pessoas me chamou a atenção e eu não pensei duas vezes em seguir, fui seguindo pessoas, decifrando placas, foi meio que instinto.
Passado alguns bons minutos andando comecei a perguntar para as pessoas e percebi que todos se esforçavam demais para me entender e ajudar, dei sorte, fui ajudado, mas também tive que perder o medo e me soltar, lendo aqui parece que foi fácil que estou exagerando mas qualquer erro bobo podia me fazer perder o voo. Com certeza essa experiência vai ficar marcado para sempre em minha memória por total aprendizado, nunca me esquecerei da mímica que eu tive que fazer para o pessoal me entender, e claro que eu me senti orgulhoso de ter conseguido vencer essas pequenas barreiras e bloqueios, para terminar no avião indo para Vancouver sentou um senhor idêntico ao meu avô do meu lado, acredito que sempre esteve alguém de olho em mim para evitar o erro, desembarquei e o transfer me levou para a host family .

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