quinta-feira, 26 de março de 2015

Inesquecível Itália

Por Bruno Massagardi
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Quando me questiono sobre alguma experiência estética que vivi nos últimos anos,
me lembro da última viagem internacional que fiz com minha mãe para a itália.
No início de 2014, ficamos 1 mês desvendando as belezas e histórias de um país que foi
o berço do então Império Romano.

Além da história que existe por trás de cada monumento, de cada paisagem, foi incrível
estar cada dia em uma cidade diferente, tais como Roma, Milão, Firenze, e até cidades
menos turísticas (que foram muito mais interessantes), tais como São Gimigniano e Maranello (cidade da Scuderia Ferrari).

É uma cultura muito diferente, em que pessoas do norte e do sul do país se comportam de forma muito diferente.


No Brasil existe sim uma diferença entre pessoas do nordeste e do sudeste, mas lá isso é mais evidente. Em muitos dos casos até mesmo o dialeto é diferente.

Enfim, foi 1 mês inesquecível e que vai ficar marcado para sempre em minha mente, e com certeza
na mente da minha mãe.

Quadro real

Raquel Júdice Gonçalves - 41418230



Através da visão, eu tive uma experiência estética. Podemos ter essas experiências estéticas visuais em diversos lugares, não necessariamente olhando a um quadro. Muitas vezes o que é uma quadro se não uma representação de algo real? Eu sempre admirei paisagens, quando olho, fico a imaginar que existe um autor que pintou tudo aquilo com perfeição e deu vida a esse quadro. Então poderia dizer que sempre que vejo algo belo da própria natureza é uma experiência estética particular para mim. Me trás a memória reflexões e questões sobre a vida. Existe um lugar em especial na qual visitei há alguns anos, que lembro como se fosse ontem, o quanto admirei aquela visão. Era inverno na América do Norte e estava fazendo um passeio com cachorros, era um lugar deserto na neve, e enquanto os cachorros nos puxavam em um trenó, eu apenas olhava aquelas montanhas, o rio congelado, e pensava no prazer de contemplar a natureza, e que aquele lugar ficaria marcado como um dos mais lindos "quadros reais" que veria.






quarta-feira, 25 de março de 2015

A Arte em Viver

José Vinicius Toro - 41412283

Eu sempre fui uma pessoa muito sentimental. Desde pequeno tenho um contato muito forte com as artes em geral.  Já na barriga da minha mãe, eu ouvia Caetano Veloso e quando criança trocava os brinquedos tradicionais por instrumentos musicais e microfones.
Com 13 anos passei no teste para o musical “ A Noviça Rebelde”, foi uma experiência que mudou minha vida não só profissionalmente, sem isso jamais seria o José Vinicius que sou. Foi de temporada, atuando como Kurt, filho do capitão Von Trapp, contando essa história linda no Teatro Alfa e Sérgio Cardoso. Um ano convivendo com grandes nomes do mercado de teatro musical brasileiro o que me fez ter várias pessoas a quem me espelhar.

Assim que terminou o musical, mesmo com 13 anos eu tinha sede por essa arte, comecei a escrever, estudar, produzir e dirigir meus próprios musicais dentro do Teatro do Colégio Rio Branco. São tantas lembranças boas que tenho dessa época, nunca tive medo de um não e mesmo com 13 anos sempre fiz o possível para conseguir o que eu queria, aquilo que acreditava.
THE BEATLES - MUSICAL AUTORAL

Aos 17 decidi fazer intercâmbio, com o sonho em ser produtor de grandes musicais da Broadway eu precisava praticar meu inglês e isso me levou a ficar um ano fora de casa e ir aos Estados Unidos. Fiz muitas coisas relacionada a arte lá, fiz parte do elenco de uma montagem do Les Miserables e fui substituto de Marius além de ter tido a oportunidade de cantar no Carnegie Hall. 

Essa é minha vida, com o passar dos anos fui me aprimorando e estudando para conseguir realizar aquilo que eu gosto. Em 2014 fui convidado para dirigir um projeto cultural pedagógico no Colégio Rio Branco. Assim como os outras coisas que aconteceram na minha vida este foi meu maior desafio, aprender a gerir um grupo de 40 alunos, pais, diretores do colégio, entre outros foi uma atividade muito difícil mas tenho muito orgulho de ter confiado em mim mesmo, de não ter desistido nos momentos difíceis.. Foi um dos melhores momentos da minha vida, poder ver que estou no caminho certo e o melhor de tudo é que após terminar este projeto fui contratado para trabalhar na produção do musical Rei Leão, Mudança de Hábito e estou atualmente na do espetáculo Fuerza Bruta. 


NOS TEMPOS DA BRILHANTINA - DIREÇÃO E PRODUÇÃO DO PROJETO CULTURAL PEDAGOGICO DE 2014


Isso tudo mostra como devemos seguir atrás daquilo que nos satisfaz, nos aperfeiçoar pois em algum momento iremos conseguir aquilo que queremos. Confie em você mesmo, nos seus instintos. 



  

Culturas do Brasil

Por Marcella Mariani Soares - 41121343

A minha experiência estética aconteceu no final do ano passado quando fui viajar para Alagoas - Maceió com meu namorado. Foi uma viagem muito interessante e que me fez enxergar um Brasil muito diferente, principalmente por ter ido a terra natal dele e não ter tido uma viagem apenas com passeios turísticos.
O Nordeste do país é uma região rica em paisagens naturais como São Miguel dos Milagres, Praia do Francês, Maragogi e Praia do Gunga. Apesar das paisagens lindas, Maceio é um lugar com muitos constrastes, no centro da cidade predios de alto padrão e ao redor é cercado de periferia.
Foi muito interessante ver a diferença entre São Paulo (minha cidade natal) e Maceió, seja em costumes no dia-a-dia, alimentação, sotaques, culturas e estilos de vida. Pra mim essa experiência foi cativante porque convive essa rotina completamente diferente da minha em 20 dias.
A alimentação deles é bastante balanceada, cheia de frutas típicas como seriguela e umbu, com bastante frutos do mar e tapioca.
Mas o que mais me chama atenção é a simplicidade que o povo nordestino tem. Eles realmente abrem as portas para a visita, se esforçam o máximo possivel para voce se sentir confortável.


Foi curioso conviver com essa cultura tão diferente de São Paulo, que as pessoas "sobrevivem" nessa correria e dia-a-dia. Aprendi que é possível aproveitar muito mais o dia do que fazemos com coisas simples da vida e adquirir esse jeito caloroso deles.


Marcella Mariani Soares.

Fé Cênica

Roberta S. Stella 

Turma 250 de Iniciantes - Curso Ator
Há algumas semanas atrás comecei um curso de teatro. Não com o intuito de ser efetivamente uma atriz, mas sim de reforçar a relação de equilíbrio entre a mente e o corpo. Vários exercícios foram propostos a fim de estimular a criatividade e a sensibilidade. Uma dessas atividades era sobre a fé cênica, a crença do ator de que naquele momento ele realmente é aquela pessoa (personagem), que ele realmente se encontra em tal lugar, fazendo tal coisa.
O exercício começou com o professor pedindo para que andássemos vagarosamente. Em um passo lento e confortável, a respiração deveria ser a única coisa a ocupar a mente. Uma música lúdica se prestava ao fundo, permitindo um maior relaxamento. As luzes foram diminuídas e os holofotes amarelos foram acesos fracamente. A cada minuto a concentração crescia.
O professor começou então a lançar imagens em nossas cabeças com poucas palavras. Cada vez que uma frase escapava de sua boca, o cenário se tornava cada vez mais real. Comecei mesmo a me sentir numa praia. Conseguia sentir a areia quente entre meus dedos a cada passo que dava. O sol em meu rosto e ombros, misturado com a brisa salgada do mar. Alguns minutos se passaram e a praia se materializou diante dos meus olhos. Eu enxergava o lugar ao meu redor. Mesmo com os olhos abertos, eu não via as pessoas que passavam por mim naquela sala escura.
Eu andei a extensão daquela praia deserta. Era eu na companhia das minhas próprias profundezas. Eu realmente selecionei e peguei as conchinhas que eu queria, guardando para dar mais tarde a alguém querido. Em algum ponto do exercício eu subi as mangas da calça e senti a água gelada invadindo meus pés. Eu sentei na areia e senti o dia se esvaindo ao presenciar um pôr do sol alaranjado. Quando a noite caiu, eu olhei pra cima e vi as estrelas. Reconheci seu brilho intermitente, que logo foi ofuscado por uma outra luz. Grande e amarela, vinha do horizonte e estava a passeio pelo céu. Lenta o suficiente para que eu pudesse acompanhá-la, assim que ultrapassou o topo da minha cabeça, coloquei-me atrás dela.
Segui aquela bola de luz para dentro da floresta. Corri insistentemente atrás dela, num estado de admiração. O chão passou a se inclinar gradualmente e percebi que estava em uma subida. Era uma montanha. Não tão íngreme, mas difícil de subir. Ao chegar no topo, a bola de luz parou. Bem na minha frente ficou pairando, num amarelo brilhante que emanava energia. Lá de cima eu conseguia ver a praia anoitecida. A bola transformou-se então em uma pessoa. Uma pessoa muito querida pra mim, que já morreu. Eu pude abraçá-la por um segundo e dizer o quanto a amo e sinto saudade.
O exercício acabou com uma frase do professor que nos trouxe de volta, como um balde de água gelada. Não lembro qual foi, mas sei que ao olhar ao redor, presenciei alguns de meus colegas chorando. Todos em um estado de espanto, pois nunca antes um exercício foi tão profundo.
Todos os meus sentidos foram estimulados, dificultando a descrição dessa experiência pela sua singularidade. A maneira com que chegou no íntimo do meu ser é espantosa, mudando completamente a minha noção sobre as extensões do meu próprio corpo e proporcionando novas reflexões sobre, também, o outro. Minha visão ampliou-se, permitindo-me entender melhor coisas que antes não entendia – como a nossa relação de seres humanos com o universo. Logo, compreendo com mais clareza as entranhas primitivas da arte, reflexo dessa relação, em suas diversas formas e cores. 

MAR ALVINEGRO - 41310359 - Gabriel Guper

Gostaria de poder compartilhar minha experiência estética por meio de palavras mas acredito que entregarei a mesma altura. Não é a toa que dizem por aí que uma imagem vale mais do que mil palavras. Pela primeira vez na vida, entendi o valor desse cliché na prática.




O Corinthians havia ganhado a libertadores alguns meses antes e eu já vivia certa ansiedade para a disputa do Mundial de Clubes que aconteceria no Japão. Nunca imaginava poder ver isso de perto.

Tudo começou com uma surpresa do meu irmão que me avisou sobre a viagem uma semana antes da viagem, que inclusive, já estava programada há bastante tempo. A experiencia começou logo no aeroporto. Já conseguia enxergar uma predominância das cores preto e branco desde aquele momento.

Foi uma viagem de quase 24 horas para o outro lado do mundo. Estávamos muito ansiosos pois não sabíamos com o que iríamos nos deparar. Afinal de contas, já tínhamos em mente que iríamos encontrar uma cultura completamente diferente da nossa.

Ao chegarmos, o preto e branco passou a se multiplicar. As cores tomavam conta de um país colorido, tecnológico e animado. Nos deparamos com  muitos corinthianos fanáticos, assim como eu e meu irmão, logo de cara. Isso acabou nos deixando um pouco mais confortável para lidar com o fato de estarmos do outro lado do mundo. Estar com outras pessoas do meu país, que falam meu idioma e que torcem para o meu time, nos tranquilizava.

O primeiro jogo já foi um choque! Estavávos todos muito tensos pois tínhamos dois jogos para vencer. A semi final entre Corinthians e AI Ahly se passou em Toyota e aconteceu logo no início da viagem. Praticamente não tive oportunidade de conhecer nada por lá. Nunca vou me esquecer do mar corinthiano que atravessava a ponte de Toyota para entrar no estádio. Era uma noite escura que ficava ainda mais escura por conta do preto corinthiano.

Ganhamos por 1x0. Foi uma emoção indescritível e aumentou muito nossa confiança para ganhar o proximo jogo: a final contra o Chelsea, um dos maiores clubes do mundo!

Após isso, queríamos apenas relaxer, esvaziar a mente e conhecer o Japão! Eu e meu irmão nos aventuramos. Pegamos o mapa do metrô que parecia um labirinto. Se aqui temos linha amarela e vermelha, por lá os japoneses podem contar com linhas rosas, verdes, roxas, amarelas, azuis, vermelhas, pretas, entre outras. Achávamos nunca conseguir chegar onde queríamos.



Não contávamos com a educação dos japoneses. O agito de Tokyo era gigantesco. Nunca havia visto tanta gente por metro quadrado. Cada um vivendo sua vida e indo para seu destino. Era algo de outro mundo. No entanto, era só se mostrar com cara de perdido que alguém de lá oferecia ajuda. Além do que o preto e branco sempre se mostrava presente. Era corinthiano para todos os lados!

Fomos para Shibuya, o bairro dos eletrônicos! Sempre me intriguei com o avanço tecnológico japonês e eu queria ver isso na prática. Quando chegamos, nos deparamos com algo que eu nunca havia visto antes. Era Pikachu para lá, Dragonball Z para cá. Prédios de desenhos animados, pessoas vestidas dos mais diferentes personagens. Me senti dentro de um cartoon! Bonequinhos, videogames, computadores, smartphones, câmeras fotográficas. Era quase possível ver o desenvolvimento tecnológico que avançava a cada segundo naquele lugar.

Conhecemos mais uma série de lugares completamente diferentes antes de irmos para a batalha final.

Quando o dia chegou, sabíamos que iríamos enfrentar uma viagem de doze horas de onibus. Encaramos com Lealdade, Humildade e Procedimento (LHP). Trata-se da sigla da fiel torcida corinthiana.

O que mais me marcou nessa viagem de onibus foi passar pelo Mount Fuji. Uma das maiores montanhas do mundo, coberta de neve, em um local totalmente distante de nosso repertório. Aquele visual me passava serenidade. Fiquei tranquilo pelas próximas horas por conta daquela visão grandiosa, isolada e maravilhosa. Aquilo só podia significar uma coisa: vitória absoluta.

O estádio era brasileiro, ou melhor, corinthiano. As ondas pretas e brancas que enxerguei espalhada pelo Japão estava concentrada no estádio de Yokohama configurando um mar alvinegro.



Foi um jogo muito tenso. A emoção de estar estar no Japão assistindo meu time jogar contra  um time do tamanho que do Chelsea foi inesquecível. O resultado foi 1x0 e fomos campeões mundiais.


Tenho absoluta certeza que foi a experiência estética mais fora de série da minha vida, Além de levarmos o titulo para a casa, tive a oportunidade de vivenciar uma nova cultura e garantir mais repertório.

De Olhos Vendados

Por Vitória Sudati Mendes - 41414383

Quando questionada sobre uma experiência estética logo me vem à mente algo visual, mas diferente do óbvio de uma situação visual em que o sentido mais usado é a visão, a minha experiência estética é a que eu justamente não podia usar minha visão. Tive que enxergar sem ver. Tive que ver com o toque e com a audição.
Essa situação ocorreu quando estava fazendo uma atividade na aula de teatro, onde eu fui vendada e por uns 20 minutos tive uma das experiências mais incríveis da minha vida.
Depois de vendada e girada para perder a memória visual onde estava, foi guiada por um colega de curso pela coxia e pelo palco onde tinha vários obstáculos.
A coxia não era um lugar que eu conhecia, assim tive que confiar na pessoa que me guiava para explorar esse local desconhecido. Outro momento que a confiança foi um elemento muito importante foi quando subi uma escada e o meu guia disse para sentar e colocar minhas pernas para uma área que era um vazio. Como não sabia onde esse vazio ia me levar fiquei um pouco receosa, mas só após confiar que não ia acontecer nada de errado, tomei coragem e fiz o que me foi pedido. Em seguida fui pega pelas pernas que estavam nesse vazio e colocada no cangote de outro colega de curso para depois ser colocada no chão novamente para continuar essa experiência.
Após essa situação inusitada percebi que quem é deficiente visual não é que não enxerga. Pelo contrário eles desenvolvem uma forma única de visão em relação ao mundo que é muito mais rica de detalhes e percepções que nós que podemos enxergar temos, já que banalizamos os outros sentidos em prol da visão.

Assim estética não é necessariamente visual, mas pode ser sensorial, olfativa e auditiva. Estética é perceber o mundo. E essa experiência com certeza me fez perceber o mundo de forma diferente do que eu via antes.